sábado, 15 de junho de 2013

Acabou a ditadura!?

Áureos tempos os da ditadura
Ernesto, Castelo e Figueredo 
grandes figuras
sabiam como poucos 
conter o povo e sua fúria

Áureos tempos os da ditadura
se Chico escreveu
censura
se é contra o aumento da passagem
Tortura

Áureos tempos os da ditadura
que manifesto contra o governo
era tratado com grossura
e a policia culpava o povo
quebrando a própria viatura

Áureos tempos os da ditadura
que o governante ainda assim
lançava candidatura
fazia copa e olimpíada
e lucrava com a fartura

Áureos tempos os da ditadura
pensar nisso hoje em dia
em tempos de democracia
seria até loucura....

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Menino prendado


Menino prendado
fez um café aguado
mas que da pra beber

menino prendado
fez miojo queimado
mas que da pra comer

menino prendado
saiu meio amassado
mas que nem da pra ver

menino prendado
lavou roupa adoidado
mas não sabe estender

menino prendado
deixou tudo jogado
mal da pra se mexer

menino prendado
TO desesperado
MÃE, cade voce?

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Assim

SIM, FOI ASSIM..
EU NÃO SEI NEM SE COMEÇOU
MAS NÃO SEI O MOTIVO DO FIM
SIM, É ASSIM...
HOJE, O BRAÇO QUE ONTEM 
ME AFAGOU
TE AFASTA DE MIM
SIM, SERÁ ASSIM...
AS DESCULPAS QUE VOCÊ INVENTOU VOU ENGOLIR
NUMA MESA DE BAR
COM UM COPO DE GIM

sábado, 29 de setembro de 2012

Como dormir no avião com mais de 1,90 m

Devido ao meu tamanho (1,90 m), tive que desenvolver técnicas para conseguir dormir durante o voo pois, como é de conhecimento de todos, o espaço é menor do que o dos bancos de ônibus.

1- Tente sempre sentar na saída de emergência, o espaço para as pernas é maior.

Caso não tenha conseguido, continue a leitura...

2- O que fazer se estiver no:
a) Corredor:
- Evite jogar as pernas para o corredor do avião pois você poderá derrubar a comissária e tomar esporro na frente de todos (sim, já aconteceu comigo).
- Jogue ambas as pernas para a cadeira do meio, no caso da mesma estar vazia, e incline o corpo levemente para o lado oposto.
- abra as pernas e tente se acomodar da melhor maneira
- torça para o coleguinha da frente não deitar o banco
- alterne todas as posições sempre que possível para não acordar dolorido e dormente

b) Janela:
- Jogue ambas as pernas para a cadeira do meio, no caso da mesma estar vazia, e incline o corpo levemente para o lado oposto.
- explore todas as posições utilizando a parede do avião, são muitas acredite, seja criativo.
- torça para o coleguinha da frente não deitar o banco
-  alterne todas as posições sempre que possível para não acordar dolorido e dormente

c) Meio:
- NUNCA vá no meio se você pretende dormir. No caso de não ter opção, abra as pernas o máximo que puder para diminuir a possibilidade dos colegas do lado. Se você não dorme, ninguém dorme.
- torça para o coleguinha da frente não deitar o banco.

3 - Utilize da fé:
- Seja você católico, evangélico, do candomblé, budista, hindu.....não importa a religião, reze para quando a voz do piloto anunciar que o embarque está encerrado ter uma fileira vazia com 3 cadeiras e corra o mais rápido possível para ocupá-las.
- deite completamente e seja feliz
- torça para o coleguinha da frente não deitar o banco

4- Seja rico:
- compre 3 assentos juntos
- deite completamente e seja feliz.
- torça para o coleguinha da frente não deitar o banco

BOA VIAGEM

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

QUERO


QUERO ME JOGAR EM SEUS BRAÇOS
GANHAR SEU AFAGO
E ME APAIXONAR

PODER DIZER QUE TE AMO
E ENXUGAR O SEU PRANTO
QUANDO VC CHORAR

COMETER MAIS QUE SETE PECADOS
SEM NOS SENTIRMOS CULPADOS
QUERO ME AVENTURAR

E SE ISSO TUDO FOR SONHO
EU TE PROPONHO
NUNCA MAIS ACORDAR....

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A primeira vez a gente nunca esquece

   Segunda-feira, dia 8 de fevereiro, voltava pra casa depois de mais um dia de trabalho quando meu telefone tocou. Atendi. Fui questionado se estaria livre no dia seguinte e com a resposta positiva vieram alguns pedidos. Dava carona para 2 amigos e quando desliguei o telefone não me contive, contei. Seria a minha primeira vez, precisava dividir com alguém. Não foi surpresa quando eles riram dizendo não acreditar, todos falavam a mesma coisa, que eu estava velho, que hoje em dia era muito fácil e blá blá blá. Realmente, 22 anos é um pouco velho, mas eu nunca tive pressa, vontade sim, muita, mas pressa não.
    Foi difícil dormir aquela noite, estava nervoso mas não podia voltar atrás. Acordei no dia seguinte meio receoso, mas decidido. Separei tudo que tinha sido pedido e mais algumas coisas que achei essencial levar. No caminho, recebi várias ligações desejando sorte e até algumas dicas, isso me incentivou mais. Cheguei, não sabia muito bem como agir, fui entrando devagar e sentando na poltrona que parecia esperar por mim. Deixei a mochila que tinha levado no chão mesmo, bem na minha frente, como disse, não sabia o que fazer. A porta foi fechada, não tinha mais jeito. Torci pra subir logo e acabar com o drama que estava vivendo, mas ainda demorou um pouco até subir. Pronto, tinha subido, mas agora não conseguia parar de pensar que podia cair a qualquer momento. Como sempre me falaram que atrai ficar pensando coisa ruim, então tratei logo de pensar em coisas boas. Não aceitei nem água durante quase 1 hora que ele ficou no alto, estava curtindo muito aquele momento. Quando ele desceu e eu saí de dentro foi uma sensação muito boa, estava ao ar livre.... Pena que não era puro, pois tinha acabado de aterrissar em São Paulo. Sim, minha primeira viagem de avião foi pra São Paulo, meio brochante né?!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Um domingo Complexo

Domingo, 28 de novembro de 2010
    
     3 horas da manhã o despertador me convoca para mais um dia de trabalho. A pouca sobriedade que tinha, por conta do horário, foi tomada pela ansiedade. "Será que realmente iam invadir o complexo do alemão?" era uma das perguntas que eu fazia enquanto me arrumava. A outra era querendo saber o que tinha feito para merecer acordar 3 horas da manhã em um domingo.
     Cheguei na Globo 4 horas para conferência habitual de equipamento. Um carro blindado e coletes à prova de bala já me esperavam. Tudo pronto para partida, só faltava o repórter e o cinegrafista chegarem. Enquanto esperava resolvi voltar ao CDE (onde ficam os equipamentos) e pedir o laptop e a câmera, que uso para fazer o “Radar RJ” mostrando o trânsito via internet, para levar pro complexo do alemão, intuição, sei lá. Coloquei no carro junto com os outros equipamentos mas não avisei à ninguém que estava levando (guardem essa parte).
      Chegamos ao complexo por um caminho diferente do usual, fomos informados que uma parte da rua itararé tinha sido fechada pela polícia. No local, o clima era de apreensão. Por volta de 7:30 da manhã começaram a ser disparados vários tiros, e apesar dos policias falarem que os tiros estavam partindo deles, claro, que nos abaixávamos e procurávamos proteção.
      8 horas começaria a invasão, primeiro os helicópteros iam sobrevoar o local e depois a ordem para e entrada da policia seria dada. No momento da invasão, estava com o cinegrafista em uma das entradas da favela da Grota, homens da policia civil e do exército estavam prontos para entrar, só esperando a ordem. Quando a permissão foi dada, tanques da marinha e blindados da CORE tomaram a frente e começaram a invasão, mais tiros foram disparados, muitos tiros, muitos mesmo....
      Voltamos para a principal entrada da favela, onde se encontrava a maior parte da imprensa. Sinto falta da Bette Lucchese e do Luis Júnior, pergunto ao operador (mesma função que eu) que os acompanhava onde eles estavam e recebo, assustado, a notícia de que eles tinham subido junto com a polícia. Em um primeiro momento pensei que eles eram loucos, depois me bateu a vontade de estar junto deles para presenciar tudo que estava acontecendo. A repórter que estava comigo resolveu subir também, fiquei eufórico. Adentramos o complexo atrás de um blindado da marinha, na subida demos de cara com uma barricada feita pelos bandidos para impedir a entrada dos caveirões. Nesse momento assisti uma das cenas mais impressionantes, realmente o caveirão não conseguiu passar, mas o tanque passou pela barricada com mais facilidade do que o meu Celta passa em um quebra-molas. Ali encontrei também a Bette e o Luis, verifiquei se eles tinham bateria de câmera sobrando e falei que os ajudava se necessário. Eles continuaram a jornada junto com a policia por dentro do complexo, enquanto minha equipe fazia imagens e entrevistas com moradores. Como nos afastamos muito da policia, minha equipe resolveu voltar, eu, como queria subir, falei que não voltaria com eles e iria ao encontro da Bette e do Luis Junior para o caso deles precisarem de alguma coisa. Como o operador deles não tinha subido, ficaria tudo certo, minha equipe ficava com o operador deles e eu ficaria com eles.
     Confesso que nessa hora fiquei com medo. Como não tinha mais policia onde estávamos, subi correndo e cada beco que passava ficava, como dizem, com o c... na mão. Quando encontrei o tanque parei de correr e relaxei. Continuei andando até encontrar a Bette e o Luis Junior, que ficaram felizes com a minha presença (juro). Minha incursão pela favela agora era, de novo, na companhia da policia.
      Durante a reportagem, paramos em um local bem aberto, com uma visão privilegiada da cidade. Verifiquei meu nextel, sem sinal, meu Oi, sinal cheio. Se o celular da oi funcionava, provavelmente um modem 3G funcionaria também, pensei. Cheguei na Bette e falei:
       - Bette, eu trouxe um equipamento (lembra do laptop e da câmera?) que a gente pode entrar ao vivo daqui. Topa?
       Ela adorou a idéia, mas tinha um problema, o equipamento estava no carro. Sem pensar duas vezes, o segurança que nos acompanhava se prontificou para pegar. Aliás, deixa eu abrir um parênteses e agradecer aos seguranças que nos deram uma força enorme lá dentro. Antes de avisarmos a redação sobre a possibilidade do ao vivo, fizemos um teste para verificar se o sinal realmente era bom. Montei tudo, peguei a câmera e entreguei pro Luis Junior que me respondeu:
       - Lago, faz você que esse equipamento você que montou você merece fazer.
      Fiquei feliz com a confiança depositada em mim e entramos ao vivo. O resultado: um sucesso, confesso que não tinha noção da repercussão que teria essas simples imagens de internet. Ta aí o ao vivo:  http://g1.globo.com/videos/rio-contra-o-crime/v/rj-traficantes-tinham-visao-privilegiada-da-regiao-do-coqueiral/1383139/#/Todos os Vídeos/page/21
       Depois disso continuamos nossa reportagem, eram impressionantes as marcas de violência na comunidade, paredes com marcas de tiro, desenhos com apologia as drogas e armas e várias apreensões feitas. A mais impressionante foi em uma casa onde as drogas eram guardadas em ambientes refrigerados e até dentro de geladeira.
       A possibilidade de acontecer alguma reação de traficantes a qualquer momento, assustava, mas como a Bette mesmo falou no Mais Você, nós nos apoiávamos, um dava força pro outro continuar. Alguns tiros ainda foram ouvidos durante nossa permanência na comunidade.
       O momento mais emocionante foi o hasteamento das bandeiras do Brasil e do Rio de Janeiro no alto de um teleférico. http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1383228-7823-REPORTER+CHEGA+AO+ALTO+DO+COMPLEXO+DO+ALEMAO,00.html
        No final da matéria, nós nos abraçávamos e agradecíamos uns aos outros pelo momento histórico que passamos juntos. Como diria meu avô em um poema:
         "(...)
          Morri de vez, mas se ressuscitasse
          Faria tudo como antigamente.”

P.s: Para quem não viu a matéria   http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1632880-15605,00.html