Segunda-feira, dia 8 de fevereiro, voltava pra casa depois de mais um dia de trabalho quando meu telefone tocou. Atendi. Fui questionado se estaria livre no dia seguinte e com a resposta positiva vieram alguns pedidos. Dava carona para 2 amigos e quando desliguei o telefone não me contive, contei. Seria a minha primeira vez, precisava dividir com alguém. Não foi surpresa quando eles riram dizendo não acreditar, todos falavam a mesma coisa, que eu estava velho, que hoje em dia era muito fácil e blá blá blá. Realmente, 22 anos é um pouco velho, mas eu nunca tive pressa, vontade sim, muita, mas pressa não.
Foi difícil dormir aquela noite, estava nervoso mas não podia voltar atrás. Acordei no dia seguinte meio receoso, mas decidido. Separei tudo que tinha sido pedido e mais algumas coisas que achei essencial levar. No caminho, recebi várias ligações desejando sorte e até algumas dicas, isso me incentivou mais. Cheguei, não sabia muito bem como agir, fui entrando devagar e sentando na poltrona que parecia esperar por mim. Deixei a mochila que tinha levado no chão mesmo, bem na minha frente, como disse, não sabia o que fazer. A porta foi fechada, não tinha mais jeito. Torci pra subir logo e acabar com o drama que estava vivendo, mas ainda demorou um pouco até subir. Pronto, tinha subido, mas agora não conseguia parar de pensar que podia cair a qualquer momento. Como sempre me falaram que atrai ficar pensando coisa ruim, então tratei logo de pensar em coisas boas. Não aceitei nem água durante quase 1 hora que ele ficou no alto, estava curtindo muito aquele momento. Quando ele desceu e eu saí de dentro foi uma sensação muito boa, estava ao ar livre.... Pena que não era puro, pois tinha acabado de aterrissar em São Paulo. Sim, minha primeira viagem de avião foi pra São Paulo, meio brochante né?!